Semana passada, após reiteradas e graves denúncias, o Tribunal de Contas do Estado anunciou a realização de rigorosas auditorias em locação de veículos e compra de combustíveis por prefeituras paraibanas.
Tivesse sido adotada bem antes, os cofres públicos de dezenas de municípios paraibanos não teriam sido assaltados por gestores inescrupulosos que utilizam todos os artifícios criminosos para encher os bolsos com recursos destinados à saúde e educação do nosso povo.
Vejamos o caso de Cajazeiras, com veementes indícios de irregularidades na compra e utilização de combustíveis, que podem ter causado imenso prejuízo à população.
Conforme está documentado no Sagres do TCE, no ano de 2021, início do seu segundo mandato, o prefeito Zé Aldemir gastou R$ 2.604.376,46. Vamos pular para 2023, quando essa despesa foi de apenas R$ 1.008.379,35. E o que ocorreu em 2022?
A despesa da prefeitura de Cajazeiras com combustíveis foi de assombrosos R$ 4.831.835,86. Quase o dobro de 2021. Quatro vezes maior que a de 2023. E quanto à frota de veículos da prefeitura? A frota não aumentou. Permaneceu a mesma, com alguns desfalques de veículos quebrados.
E o preço dos combustíveis? A variação dos preços não teve quase nenhuma influência no aumento exponencial da compra nem do fornecimento de gasolina, álcool ou diesel para a frota municipal.
Mas o que se comenta em toda a região é que durante a campanha até as bicicletas dos cabos eleitorais da deputada ganhavam ordens de abastecimento. O posto que vende combustíveis à prefeitura vivia lotado diariamente com dezenas e dezenas de cabos eleitorais enchendo os tanques dos seus veículos.
Já em 2024, quando também haverá eleição para prefeitos e vereadores, até o final de junho, a prefeitura de Cajazeiras já havia gasto R$ 2.593.000,00. Nessa pisada, em dezembro a despesa superará os R$ 5 milhões.
Sem fiscalização, acobertados pela impunidade, os prefeitos torrarão os cofres públicos para se reelegerem ou para garantir a vitória dos seus aliados.
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