Com a Operação Calvário na sua cola Ricardo Coutinho quer voar para a Europa


As várias fases da Operação Calvário, realizada pelo GAECO do Ministério Público, com participação de Polícia Federal e outros órgãos, a partir do Rio de Janeiro, desvendou um dos maiores esquemas de roubo de dinheiro público da história do Brasil, aqui na nossa pequenina Paraíba. Proporcionalmente, maior ainda do que aquele chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral, já condenado a mais de 200 anos de cadeia.
A quadrilha se escondia por trás da Organização Social Cruz Vermelha Gaúcha, trazida pelas mãos generosas do ex-governador Ricardo Coutinho, que a colocou para gerenciar o maior Hospital público do Estado.
Somente na área de saúde, os roubos já ultrapassam os R$ 300 milhões.
Ocorre que a roubalheira também estava instalada em outras secretarias. Agora, em sua Quinta fase, a Calvário colocou no xadrez um dos principais operadores do esquema criminoso, que ocupava o cargo de secretário executivo de Turismo do Estado, o ex-deputado federal Ivan Burity.
Descobriu-se que o ardiloso protegido, sócio e cúmplice do ex-governador, transportou malas de dinheiro de propina em aviões particulares que usaram o hangar do Estado no Aeroporto Castro Pinto.
Num rápido balanço, a Operação Calvário já levou à prisão, busca e apreensão, e posterior demissão de uma meia dúzia de secretários estaduais, vários integrantes de escalões de comando político e administrativo do Estado, todos auxiliares de confiança do ex-governador Ricardo Coutinho, integrantes da Quadrilha Girassol.
Diante de todo esse escândalo e a perspectiva de mais descobertas de roubo, com a possível e provável delação de Ivan Burity, eis que o ex-governador se prepara para deixar o Brasil rumo à Europa. Detentor de um privilegiado passaporte diplomático, aquele que é considerado o Chefão da Organização Criminosa, responsável por um assalto aos cofres públicos paraibanos que já aponta para a marca de R$ 1 bilhão (somente no início das investigações na Educação, detectou-se desvios em torno de R$ 200 milhões), Ricardo Coutinho tenta obter autorização da Justiça para levar o filho menor, fruto de seu casamento com a jornalista Pâmela Bório.
O Big Boss da Quadrilha Giracruz Vermelha quer que a Justiça paraibana autorize um período de 2 anos para o menor. A mãe teme que o filho não volte mais ao Brasil, além de todos os prejuízos em torno de sua educação e integridade pessoal.
Até o surgimento da Operação Calvário com todo o seu rosário de revelações bombásticas, o ex-governador nunca perdia uma causa na Justiça paraibana. O TRE, por exemplo, é apelidado de Tribunal Ricardista Eleitoral, por suas decisões sempre favoráveis ao Chefão.
Resta saber se, mesmo com todas as implicações apontadas pelo GAECO e Polícia Federal, com indícios poderosos de conduta criminosa do ex-governador, a nossa Justiça permitirá que ele saia do País e, ainda, leve o filho menor em sua companhia.
Fosse um pé rapado qualquer, temos a certeza, jamais conseguiria arredar o pé.
Com toda uma adega do caríssimo vinho Croce Rossa à disposição, é bem possível que o ainda Poderoso Chefão pegue um daqueles jatinhos utlizados por seu cúmplice Ivan Burity e desapareça nos confins dos Alpes.

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