Foi uma decisão cheia de coragem e digna de figurar no horário nobre do noticiário nacional. Basta ver o contexto dos fatos.
O prefeito de Santa Rita, Jackson Alvino, depois de dar um pontapé no padrinho e primo Emerson Panta, que bancou sua eleição usando e abusando da máquina da prefeitura, investiu pesado para neutralizar o papel fiscalizador da Câmara Municipal, botando no bolso pelo menos 16 dos 19 vereadores.
Por isso, contava com aprovação imediata de todos os seus projetos enviados ao Poder Legislativo, mesmo que repletos de penduricalhos e maracutaias.
O prefeito Jackson, assessorado pelo supersecretário Jurandi Miranda, que tem a filha como procuradora do município, enviou para a Câmara projeto de criação de 3 novas secretarias: Habitação, Diversidade e Bem Estar Animal.
Só que não contava com a vigilância e coragem da vereadora Cleidinha, presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Após analisar cuidadosamente o projeto de lei, a vereadora comprovou as mais diversas irregularidades. Além da criação irresponsável de dezenas de cargos comissionados, inexistia qualquer estudo prévio de impacto orçamentário. Ou seja, o prefeito se preocupava em criar despesas milionárias, sem apontar qualquer fonte de receita.
Diante de todas as falhas encontradas, a vereadora Cleidinha não hesitou em adotar a atitude correta e digna de uma parlamentar responsável e consciente do seu papel institucional: devolveu o projeto ao Executivo para que as irregularidades sejam sanadas. Somente assim, o prefeito poderá ter a aprovação que deseja, já que conta com apoio da quase totalidade da Câmara, conseguido de forma não muito republicana.
A postura altiva, independente e aguerrida da vereadora Cleidinha encontrou apoio e admiração por toda a cidade, repercutindo também por todo o Estado.
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