Diante das revelações avassaladoras de corrupção generalizada, assalto aos cofres públicos para manutenção de uma quadrilha de elevada periculosidade no comando político e administrativo do Estado, durante o longo período de 12 anos, imperiosa se faz a indagação: onde estava o Tribunal Regional Eleitoral durante todo esse tempo?
Diversas ações judiciais eleitorais, com base em manancial de provas contundentes e irrespondíveis, davam conta de que o então governante mor da Paraíba lançava mão de todo e qualquer expediente ilegal, imoral, criminoso, para conquistar e manter o poder político e o comando da estrutura administrativa e financeira do Estado.
E o que fizeram os doutos membros do TRE, com a digna e honrosa exceção de uns poucos? Fecharam os olhos, olharam de lado, afagaram a cabeça do criminoso, absolveram-no de todas as acusações, blindaram-no com suas togas enlameadas, tornaram-se seus cúmplices, permitiram-lhe continuar delinquindo, causando dor e morte em centenas de lares paraibanos, eis que desprovidos de assistência de saúde, educação de qualidade e segurança suficiente, graças aos roubos milionários praticados por Ricardo Coutinho e sua quadrilha.
Para que serviu essa Corte Eleitoral? Apelidaram-na, justamente, de Tribunal Ricardista Eleitoral. Um de seus membros era conviva frequente da Granja Santana, sorvendo generosos goles de uísque e vinho Croce Rossa com o anfitrião mafioso. Outro, nomeado pelo Poderoso Chefão para cargo bem remunerado no Estado, viu-se conduzido à Corte, mas obteve a nomeação da esposa para a estrutura administrativa estadual. E assim, de favor em favor, a Corte Eleitoral transformou-se em lupanar de troca de benesses por decisões judiciais favoráveis.
Esse Tribunal que consome milhões e milhões de reais dos sofridos contribuintes paraibanos, não pode ser considerada uma instituição séria, isenta, prestadora de bons serviços à cidadania.
Há que ser lacrada. Os lacaios do crime devem ser privados de suas togas e expostos à execração pública. Tais vestimentas devem ser lavadas com sabão de boa qualidade, para que as manchas de sangue e da vergonha diminuam de intensidade, pelo menos, já que de tão encardidas pelo mau uso, de longe se pode ver tais nódoas.
Que seja banido o Tribunal Ricardista e ressurja o verdadeiro Tribunal Eleitoral, em seu legítimo papel de guardião da legitimidade do voto.
Postar um comentário