Repetindo sempre o mesmo modus operandi, a vereadora Dedeta, recordista em mandatos na Câmara Municipal de Bayeux, anunciou adesão ao prefeito Berg Lima, que foi preso em flagrante recebendo propina de um empresário local, como condição para liberar pagamentos atrasados.
Uma semana antes, a mesma vereadora havia votado pela cassação de Berg, em processo analisado pela Câmara. Dos 17 vereadores, 11 votaram pela cassação, inclusive Dedeta. 5 parlamentares votaram pela absolvição e 1 vereador se absteve. Como eram necessários 12 votos para cassar o prefeito, Berg Lima escapou.
Vale ressaltar que Dedeta tinha empregado várias pessoas da família na gestão anterior de Nôquinha. E a cassação de Berg poderia permitir o retorno do vereador ao comando da prefeitura, sendo, portanto, mais vantajoso para a vereadora se Berg Lima fosse cassado.
Como o Plano Nôquinha fracassou, a vereadora tratou logo de executar o Plano B (ou seja, Plano Berg). E as negociações tiveram início, culminando com a adesão de Dedeta ao prefeito propineiro. Num discurso, ela tentou amenizar as coisas, dizendo que tinha interesse em defender o povo, quer dizer, o povo da casa dela.
A população, em todos os recantos da cidade, expressa revolta e condena a atitude da vereadora, pela incoerênca e oportunismo, aproveitando-se de um mandato popular para buscar benefícios pessoais e familiares.
As nomeações conseguidas por Dedeta só chegarão ao conhecimento de todos daqui a dois meses, já que o SAGRES, do TCE, concede esse prazo às prefeituras para divulgarem despesas com funcionários.
Mas o pagamento aos familiares da vereadora, assim como às famílias dos demais vereadores que votaram pela absolvição de Berg Lima (Lico, Guedes, Rubem, França e Netinho), já saem este mês.
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