Denúncias contundentes e recheadas de indícios veementes já foram produzidas em vários momentos e nas mais diversas instâncias. Órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público já foram acionados. Até mesmo o Poder Legislativo de Cajazeiras se manifestou a respeito da situação, encaminhando sua posição às autoridades de fiscalização e controle.
Porém, a poucos dias da eleição, nada conseguiu frear o ímpeto do prefeito Zé Aldemir em querer eleger sua sucessora a qualquer custo.
Os fatos estarrecedores são os seguintes.
Duas instituições, semelhantes àquelas Organizações Sociais desmascaradas pela Operação Calvário, embolsaram em 9 meses, mais de R$ 17 milhões retirados da saúde de Cajazeiras.
Uma delas, o IGESPE - Instituto de Gestão Social de Pernambuco, com sede em Caruaru, atuou supostamente na contratação de pessoal da área de saúde, driblando todos os impedimentos legais em período eleitoral. Com isso, abocanhou R$ 12.115.603,04.
Outra entidade, a COOPBRAS - Cooperativa do Trabalho, Produção de Bens e Serviços, veio lá de São Luis do Maranhão. Pelos mesmos serviços na área da saúde, embolsou R$ 5.206.278,78 nesse período.
O problema é que ninguém viu a atuação dessas entidades na saúde de Cajazeiras. Elas não possuem sede no município. Não há um corpo de diretores responsáveis a quem se possa reclamar de possíveis falhas nos serviços prestados.
Por outro lado, com todas as deficiências na assistência de saúde que é prestada à população, é injustificável o monstruoso repasse de mais de R$ 17 milhões a essas duas entidades forasteiras e absolutamehte desconhecidas da população cajazeirense.
Ao final, torna-se deveras possível e até provável, que as denúncias de vários setores da sociedade de Cajazeiras sejam procedentes. Ou seja, parte dessa imensa quantia, subtraída dos cofres públicos, teria sido desviada e injetada na campanha da candidata oficial Corrinha Delfino.
Sem fiscalização rigorosa e sem controle por parte das autoridades responsáveis, tal atividsade criminosa, se devidamente comprovada, pode ter implicação decisiva no resultado do pleito, eivando-o de indelével mancha.
Lembrete: de acordo com a Operação Calvário, as organizações sociais trazidas à Paraíba pelo ex-governador Ricardo Coutinho, causaram um prejuízo de mais de R$ 130 milhões aos cofres da Saúde paraibana.
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