Com a população de Santa Rita sem água, votos de Jane Panta viram pó.



Esse triste episódio da privatização dos serviços de água e esgotos de Santa Rita, protagonizado peço prefeito Emerson Panta e esposa, a deputada Jane Panta, deverá causar danos irreversíveis ao sonho de reeleição da primeira-dama. Aliás, não seria propriamente uma reeleição, já que Jane Panta não logrou se eleger na primeira tentativa, em 2018. Só veio assumir a titularidade do mandato com o falecimento do titular, deputado João Henrique.

Agora, comprando apoios em inúmeros municípios, através de nomeações para cargos comissionados na prefeitura de Santa Rita, o prefeito dá um tiro no pé com essa iniciativa tresloucada de por um fim na concessão à CAGEPA, entregando os serviços de abastecimento e tratamento d´água e de esgotamento sanitário do município a uma empresa paulista. De uma hora para outra, boa parte do município enfrentou a falta d´água, já que a prefeitura recorreu à Justiça para fazer valer seu decreto de privatização.

O povo, como era de se esperar, saiu às ruas protestando e descendo a lenha no prefeito e na primeira-dama.

Numa atitude de grandeza e espírito público, o governador determinou à Cagepa que, mesmo sem concessão, retomasse o fornecimento d´água para Várzea Nova e outras áreas que são abastecidas a partir da barragem Gramame-Mamuaba e que ficaram de fora da manobra do prefeito.

O negócio com a empresa paulista já está na mira dos órgãos de fiscalização e controle, já que está eivado de dúvidas. Há informações de que um famoso lobista foi pago para atuar no âmbito do Judiciário visando destravar o processo. Por outro lado, comenta-se que a própria deputada teria feito duas viagens a São Paulo, supostamente para encontrar-se com empresários.

No seio da população de Santa Rita há uma revolta generalizada. Enquetes informais realizadas nos últimos dias indicam que boa parte dos votos da deputada Jane Panta viraram pó, com a falta d´água.

Para completar o quadro dessa confusão armada pelo prefeito Emerson Panta, circula nas redes sociais um áudio do ex-prefeito Reginaldo Pereira afirmando, com todas as letras e sons, que uma empresa paulista o procurou na época em que era prefeito, oferecendo-lhe uma propina de R$ 15 milhões, em troca da concessão dos serviços de água e esgotos do município.

Reginaldo garante que recusou a oferta.

Resta saber se é a mesma empresa e se houve, agora, propostas ou acertos desse naipe.

Pelo volume financeiro milionário, pelo impacto na vida da população e pelos aspectos duvidosos do negócio, é imperioso e urgente que haja uma rigorosa investigação.



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