Com a denominação de Bayeux na antiga Vila Barreiros, em 1944, começou a crescer um sentimento de liberdade no povo da Bayeux brasileira, então distrito de Santa Rita. Porém uma liberdade diferente, onde fossem definidos seus limites territoriais e seu povo pudesse eleger seu prefeito e seus representantes na Câmara Municipal. Na verdade, o povo queria sua emancipação política.
Entretanto, o tempo passava e nada acontecia. Seus filhos ilustres, como Severino Araújo, Major Otílio Ciraulo, Manoel Vitalino, Plácido de Oliveira Lima, Miguel Maribondo e Antonio Coelho reuniam-se e debatiam sobre o assunto, faziam visitas constantes aos órgãos públicos, tentando com conversas e conchavos influenciar políticos fortes da região e provar às autoridades competentes que o Distrito de Bayeux já estava em condições de se emancipar.
Bayeux já contava com cinco indústrias de sisal e sua população chegava a mais de 17 mil habitantes. Isso foi suficiente para que o deputado estadual Joacil de Brito Pereira abraçasse a causa em consideração aos seus amigos bayeuxenses e criasse o Projeto de Lei No. 166/59.
Com afinco e destreza, mostrou nas assembleias realizadas, que o distrito tinha condições financeiras e populacionais para se emancipar, pois ultrapassava os 15 mil habitantes, população mínima exigida na época.
No dia 28 de julho de 1959, o projeto foi aprovado com Veto Parcial e a Lei No. 2.148/59 criou o município de Bayeux, publicado no Diário Oficial na quarta-feira, dia 29 de julho e assinado pelo Governador da Paraíba, Dr Pedro Moreno Gondim e, conforme o Art. 9o., a lei entraria em vigor no dia 15 de dezembro de 1959, tornando-se o Dia da Emancipação Política de Bayeux.
No momento solene da aprovação do projeto, todos aqueles cidadãos que lutaram pelo sonho da emancipação estavam presentes, e inclusive lotaram ônibus, para que todos presenciassem o sonho realizado.
O Dia 15 de Dezembro representa a indepen- dência de Bayeux, por isso deve ser comemorado com festa, civismo e autoestima, porque nossa cidade é nossa casa e a nossa casa devemos amar e respeitar.
É, portanto, um momento de reflexão, de analisar o que foi feito no passado e o que podemos fazer para o futuro, engrandecendo e exaltando suas divisas para o mundo.
No caminhar de sua história a emancipação política de Bayeux vem sendo comemorada de diversas maneiras. Por um tempo, foi acalentada com hinos cívicos e em outros tempos fora despertada com fogos. Outras vezes brincou com as danças e folguedos folclóricos. Algumas vezes chorou esquecida, outras vezes recebeu bolo do tamanho de sua idade. Já foi cantada em prosa e verso, exaltada pelos rios, matas e manguezais, e usada como inspiração em monografias de universitários.
No ano de 1999, ao contemplar 40 anos, recebeu de presente sua história registrada em um livro. No ano de 2002, outro livro registra sua história política. Em 2005, é publicado um livro didático para uso nas escolas, visando elevar a autoestima de estudantes e professores, através de um conhecimento mais profundo de sua história, geografia e cultura.
Mas Bayeux quer mais. Quer comemorar seu aniversário com um povo que a ame de verdade, que faça do Dia 15 de Dezembro a maior data do calendário municipal. Portanto, não pergunte o que Bayeux pode fazer por você, e sim, o que você pode fazer por Bayeux.
Autor: Prof. Ariosvaldo Alves de Oliveira, no livro Calendádio Comemorativo de Bayeux




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