A cada novo anúncio de julgamento de seus inúmeros processos, o prefeito Berg Lima, que ficou conhecido nacionalmente quando foi preso em flagrante pelo Gaeco com dinheiro de propina na cueca, tem que rebolar para levantar dinheiro para irrigar a lábia de seus muitos e caros advogados.
Nesse final de ano, prestes a ser julgado pelo TJ PB, o prefeito vivaldino contou com uma oportunidade de ouro, literalmente, para arrecadar dinheiro destinado a essa finalidade: o décimo-terceiro dos servidores comissionados.
Empregados pelo gestor ou por um dos poucos vereadores que o sustentam, os secretários, adjuntos e assessores especiais foram procurados por um operador e familiar do prefeito, com uma mensagem clara e indiscutível: repassar uma parte do décimo-terceiro para o pagamento de advogados.
Essa infomação, com detalhes, foi repassada ao Blog dos Municípios por um membro do primeiro escalão da prefeitura. Por razões óbvias, essa fonte será preservada.
Segundo ele(a), ninguém ousou discordar da proposta indecente, por várias razões. Em primeiro lugar, garante, ninguém sequer contava com esse dinheiro extra, tendo em vista a situação de dificuldades da prefeitura. Segundo, o repasse foi apenas de uma parte, ficando ainda um bom valor para as festas de cada um. E por último, todos sabem que podem perder o emprego a qualquer momento.
A arrecadação obedeceu a uma tabela, de acordo com o valor que cada um recebe. Os secretários foram solicitados a repassar R$ 5 mil cada. Aos adjuntos, coube a importânci9a de R$ 3 mil e teve vários assessores especiais que repassaram em torno de R$ 2 mil, dependendo dos salários.
A fonte revelou que a pessoa responsável pelas conversas e pela recepção dos valores é um secretário com estreitos vínculos familliares com o prefeito, mas não falou o nome.
De acordo com levantamento a partir do Sagres/TCE/PB, é possível estimar um valor aproximado da Operação Rachadinha executada pelo prefeito.
O Bloco formado secretários titulares podem ter repassado um valor em torno de R$ 50 mil. Já o Bloco dos Secretários Adjuntos (também chamados de Coordenadores) pode ter repassado algo em torno de R$ 30 mil. O grupo de assessores especiais arrecadou também em torno de R$ 30 mil. Isso totaliza cerca de R$ 110 mil, somente no mês de dezembro.
Já havia denúncias de que estava havendo essa ‘rachadinha’ em meses anteriores, principalmente entre os familiares do prefeito (que são muitos) e alguns secretários mais próximos.
Entre a população da cidade, a pergunta mais insistente é: de onde Berg Lima estaria tirando tanto dinheiro para pagar a seus advogados? Eis uma parte da resposta. Agora, cabe ao Ministério Público, Tribunal de Contas e outras autoridades, tomarem conhecimento de mais esse assalto aos cofres públicos de Bayeux.
A nossa reportagem tentou esclarecimentos junto a alguns secretários do prefeito, mas não obteve resposta.








Postar um comentário