Tem sido assim nos últimos anos. Quando o governo do Estado se vê acuado diante de alguma denúncia grave e a oposição se mobiliza na Assembleia, aparecem rapidamente os deputados fantoches, que se notabilizam pela capacidade de se submeter às ordens do governante de plantão.
Diante das evidências veementes da existência de uma Organização Criminosa, a Cruz Vermelha, roubando milhões da saúde na Paraíba, comprovadas pela Operação Calvário, deflagrada pela Polícia Federal a partir do Rio de Janeiro, a instalação de uma CPI na Asssembleia Legislativa era uma necessidade imperiosa, para que os cidadãos tivessem acesso a todas as informações e fossem apuradas com rigor tais denúncias.
Com o envolvimento de dois secretários poderosos do ex-governador Ricardo Coutinho, que continuam com o mesmo poder na gestão do novo governante, João Azevedo, logo foram mobilizados os tais deputados fantoches, ou melhor, foram duas deputadas que se prestaram ao papel servil ordenado pelo ex-governador, principal responsável pela contratação e pelas condições excepcionalmente favoráveis à atuação criminosa da Cruz Vermelha em terras paraibanas.
Para se ter uma ideia, nesse período de governo girassol, a Cruz Vermelha abocanhou verbas em torno de R$ 1 bilhão e 200 milhões.
Para barrar a iniciativa dos deputados da oposição que se mobilizava para instalar uma CPI da Cruz Vermelha, as deputadas Estela Bezerra, da cozinha de Ricardo Coutinho, e a novata Cida Ramos, que utilizou a estrutura de uma das mais aparelhadas secretarias do governo para se eleger, se apressaram em apresentar requerimentos de instalação de 3 CPIs. Como o Regimento só permite o funcionamento simultâneo de 3 Comissões Parlamentares de Inquérito, e sob o domínio governista, a Assembleia não poderá investigar a roubalheira da Cruz Vermelha na Saúde da Paraíba.
As CPIs requeridas pelas deputadas fantoches, são: FEMINÍCÍDIO, HOMOFOBIA e INDÚSTRIA DE MULTAS.
Seria pra rir, se não fosse tão séria a situação.
O que consola o cidadão é que a Operação Calvário, deflagrada a partir do Rio de Janeiro, não tem aqui na Paraíba as amarras costumeiras de autoridades comprometidas com contracheques familiares.





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