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| Vereador Nôquinha, prefeito interino de Bayeux, e a irmã Marcela Batista, comandam negociata para permanecer no comando do Poder Executivo |
Dinheiro grosso, imóveis, veículos, secretarias, contracheques aos montes. Tudo isso é moeda corrente nas negociatas que estão em curso em Bayeux, para decidir quem será o prefeito nos próximos dois anos.
Para entender: o prefeito efetivo ainda é Berg Lima. Mesmo preso, flagrado pelo GAECO e MP recebendo propina de um empresário local, como não foi cassado pela Câmara nem pela Justiça, ainda detem o cargo e recebe seus R$ 22 mil todo mês, sem fazer nada. Em seu lugar, assuniu o vice-prefeito Luis Antonio, que cometeu o mesmo crime do antecessor e foi cassado pela Câmara.
A Justiça determinou, então, que o presidente da Câmara ocupasse interinamente o cargo de prefeito. Coube ao vereador Mauri Batista, mais conhecido pela alcunha de Nôquinha, desempenhar essa tarefa até o final de dezembro deste ano.
Ocorre que, a partir de 1o. de janeiro de 2019, o presidente da Câmara Municipal de Bayeux será o vereador Jeferson Kita, eleito para o biênio de 2019/2020, na mesma ocasião em que Nôquinha foi eleito para o biênio 2017/2018. E ambos foram eleitos por unanimidade.
Portanto, a Justiça deverá determinar que o novo presidente da Câmara assuma a prefeitura interinamente.
Esse é o motivo da operação desencadeada pela organização criminosa que se apossou da máquina publica de Bayeux (a Câmara de Vereadores e a Prefeitura).
Para manter os privilégios, para continuar recebendo as dezenas de contracheques em nome de familiares e até de amantes, a maioria dos vereadores já fechou contrato com Nôquinha. As denúncias são as mais cabeludas: oferta de veículos, terrenos, casas, apartamentos, dinheiro vivo e muitos cargos na prefeitura, em troca da assinatura no documento que vai anular a eleição de Jeferson Kita como futuro presidente da Câmara e a consequente reeleição de Nôquinha, para que ele continue como prefeito interino.
Como já ficou demonstrado e comprovado em diversas operações policiais em todo o País, e principalmente pela Lava Jato, um esquema criminoso desse porte só poderá ser desbaratado se houver a colaboração de um dos envolvidos, ou seja, de um vereador que recebeu a proposta de negociata.
Um(a) empresário(a), por exemplo, casado(a) com a(o irmã(o) de um(a) vereador(a) afirmou, com todas as letras que essa(e) vereador(a) recebeu R$ 100 mil. E teria ficado irritado(a) porque, logo depois, um colega teria recebido R$ 150 mil.
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| Vereadora França divulgou vídeo denunciando a tentativa de cooptação do prefeito interino Nôquinha, em seu gabinete |
No dia de ontem, uma vereadora divulgou vídeo em que denuncia a tentativa de cooptação por parte do prefeito Nôquinha, que a convidou ao seu gabinete onde foi feita a proposta indecente.
Toda essa falta de pudor e descaramento desses agentes públicos revelam a total ausência de compromisso com a cidade, com a população e completo desrespeito e destemor em relação às autoridades constituídas, principalmente em relação à Justiça. A certeza da impunidade preside a prática de todo tipo de ato criminoso.
Portanto, eis aí o resumo da ópera mafiosa:
O lixo, a buraqueira, a falta de medicamentos, hospital sendo interditado, atraso no pagamento de salários dos servidores, de um lado.
Por outro lado, o dinheiro público correndo solto, subtraído dos cofres públicos através de licitações fraudadas, pagamento de despesas fictícias, superfaturamento de obras, dezenas de fantasmas na folha de pagamento.
Tudo isso para irrigar os bolsos e o patrimônio de cerca de duas dezenas de agentes públicos, que lançam mão de todos os artifícios patrocinados pela verba pública, para continuar por mais 2 anos assaltando o Erário.
Se a Justiça e as autoridades policiais não adotarem medidas imediatas e enérgicas, Deus salve Bayeux!






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