Há muito tempo vem sendo feitas denúncias de irregularidades no fornecimento de merenda escolar em Bayeux. Desde a gestão de Berg Lima, foi montado um esquema para privilegiar determinadas empresas de Campína Grande, que se revezavam para vencer as licitações.
O esquema continuou durante a gestão de Luis Antonio e perdura até hoje, com o prefeito interino Nôquinha.
Agora, finalmente, o Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar irregularidades no tocante à participação de cooperativas de agricultura familiar, que detem, por lei, uma fatia no fornecimento de gêneros para a merenda.
Em Bayeux, duas cooperativas ganharam licitações para fornecer esses alimentos: a COOPEAPESCA, sediada no Mario Andreazza, ganhou contrato no valor de R$ 395.000,00 em novembro de 2017, com Luis Antonio.
Em maio de 2018, já com Nôquinha, essa mesma Cooperativa foi contemplada com um contrato de R$ 1.294.900,00, enquanto a Associação dos Agricultores de Bayeux, com sede no Rio do Meio, ficou com um contrato de R$ 181.500,00.
Durante esse período, houve muitas denúncias envolvendo a questão da merenda escolar. Falta de gêneros alimentícios nas escolas, distribuição por políticos de centenas de frangos desviados dos estoques da merenda, e por aí vai.
No que diz respeito ao fornecimento por parte de outras empresas, as denúncias são ainda mais graves. Além da fraude na licitação, para que ficassem as mesmas empresas, houve o caso da contratação de uma empresa que esta proibida de fornecer ao Estado da Paraíba, por irregularidades. Mesmo assim, RAIMUNDO ADELMAR FONSECA PIRES ganhou um contrato de R$ 3.155.651,00 em agosto de 2018. Antes, em fevereiro, uma empresa do mesmo grupo, a SANTA MARIA, já havia sido contemplada com licitação de R$ 5.140.000,00.
E assim, entre uma licitação fraudada e outra, o fornecimento da merenda escolar em Bayeux transformou-se num flagrante caso de polícia, tal como toda a gestão municipal, desde Berg Lima, passando por Luis Antonio, até Nôquinha.
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