Duas decisões da Justiça transformaram em escombros a Casa de Noca, nome de uma organização criminosa que se apossou da administração pública no município de Bayeux nos últimos 10 meses, tanto na esfera do Executivo, como no âmbito Legislativo. Ou seja, o vereador Nôquinha comandou a prefeitura, enquanto um comparsa seu ficou no comando do Poder Legislativo.
Contando com a conivência da maioria dos vereadores, esse esquema criminoso superfaturou obras, fraudou licitações, implantou centenas de fantasmas na folha de pagamento e sugou os cofres do município durante todo esse período.
Ontem, com uma decisão do STJ e confirmação de um Desembargador do TJ-PB, o prefeito Berg Lima, que estava afastado após ser preso e acusado de receber propina, foi beneficiado com o afastamento de todas as medidas cautelares e seu imediato retorno à chefia do Executivo Municipal. Com isso, desmonta-se a máquina de Nôquinha na máquina da prefeitura e ele retorna à Câmara Municipal, onde toma o lugar do vereador Adriano do Táxi, seu aliado, que fica a ver navios.
Por outro lado, a justiça também derrotou as pretensões dos vereadores integrantes da máfia de Nôquinha que pretendiam anular a eleição da Mesa Diretora da Câmara para o biênio 2019/2020, que tem Jeferson Kita como presidente. Para isso, chegaram a fraudar documentos, como a Ata da Sessão que elegeu também Nôquinha como presidente no biênio 2017/2018.
O Juiz de Bayeux negou provimento a esse recurso e os vereadores da Casa de Noca saíram com o rabo entre as pernas.
Resumo da ópera: todos os parentes e aderentes de Nôquinha e de seus vereadores serão demitidos e a cúpula da organização criminosa passará a responder às dezenas de processos que tramitam no TCE e na Justiça.
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